Este relato de experiência apresenta um recorte de algumas vivências das crianças do K1 (kindergarten, grupo de 12 crianças entre 1 e 2 anos) entre os meses de fevereiro a setembro de 2021, (portanto, no contexto pós-isolamento) em atividades presenciais, na cidade de São Paulo, em uma escola privada bilíngue multicultural. Como um convite para o K1, estratégias que promovessem o brincar livre, a motricidade, a experiência significativa e o bem-estar coletivo, foram intencionalmente planejadas e organizadas no playground da escola. Refletir sobre estratégias que as promovessem foram alguns dos pontos necessários e inquietantes em minha prática, dessa forma, recorri às referências da abordagem Pikler.
Os bebês e as crianças foram acolhidos em suas singularidades, respeitando seu próprio ritmo e seu tempo de desenvolvimento. Assim, os espaços externos foram organizados em contextos significativos, no qual entende-se que o espaço se torna um ambiente educador, acolhedor e convidativo. Os materiais foram pensados e criteriosamente selecionados para promover o desenvolvimento e aprendizagem.
A reflexão sobre o tipo, a quantidade, a variedade, a fisicalidade e a segurança dos materiais a serem oferecidos para cada faixa etária deve pautar a prática do professor (FOCHI, 2019a).O professor deve acolher e entender este gesto como um modo de ser e estar com os bebês e crianças, auxiliando o desenvolvimento social dos pequenos que agem, participam, criam, escolhem e aprendem por meio das interações entre pares, com os materiais, com o mundo social que nos cercam, produzindo cultura infantil, esse é o papel do interlocutor dos bebês e das crianças pequenas.
Finalizo meu relato trazendo a experiência de organizar contextos significativos como forma de acolher, respeitar, promover autonomia, escuta, construção de aprendizagens para bebês e crianças pequenas. Refletir sobre os espaços se faz urgente, assim como repensar nossas práticas cotidianas com os pequenos.
Amei ❤ lindos registros parabéns.
Gillian!
Sou professora de bebês e tenho buscado por formações que dialogam com respeito e pautam pela liberdade e observação/escuta dos bebês.
Hoje vivemos um tempo de pressa e agitação, consumismo e futilidade, avalanches de “objetos necessários” afogam famílias e crianças. Suas escolhas me levam a pensar que o se demorar nas experiências, ir e vir com materiais complexos, permitir e convidar geram vida e aprendizagem.
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