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Experimentando o quantificar

A lógica matemática está em todas as coisas, começando com as escolhas que fazemos que vão desde o que vamos vestir, assim vamos vivenciando questões tais como, quantas peças e quais vestir, ou seja,  as múltiplas possibilidades e variedades.

Partindo desse pressuposto os conceitos matemáticos estão em tudo e em toda a parte, em razão disso queremos dialogar sobre essas vivências na educação infantil. 

Os bebês e crianças pequenas desde muito cedo já vivenciam a quantificação, mesmo que ainda não nomeiam suas pesquisas e experimentações. 

Nessa habilidade os bebês começam a estimar quantidades, comparar os equivalentes, maiores e menores ou simplesmente quantificar, interagem e fazem a inclusão,  classificação e  as quantidades que colecionam, fazendo seriação, empilhando, construindo e assim vão traçando suas estratégias.

Inspirados pela abordagem de Emmy Pikler trabalhamos essas possibilidades de diferentes formas, entre elas a disponibilidade dos materiais de acordo com as categorias do brincar nos contextos investigativos.

Instruídos por leituras de Leila Oliveira (2015) e através da observação da vida cotidiana, podemos afirmar que bebês de 6 a 12 meses começam a fazer encaixe com o próprio corpo adquirindo uma noção do que se encaixa com a referência dele mesmo. Nessa fase disponibilizamos materiais macios e que instigue e amplie essa pesquisa, tais como argolas de diferentes tamanhos para encaixe das mãos, cestos de diferentes tamanhos, pequenos tecidos para que possam colocar na cabeça, no braço, caixas de papelão onde o bebê entra e sai explorando seu corpo, se aninha observando ao redor e assim experenciando e assim ampliando sua  compreensão de espaço. 

Por volta de um ano de idade os bebês entram na fase de coleta e recoleta, nesse período eles pegam grandes quantidades de diferentes materiais ou iguais. Para viabilizar sua construção de saberes por meio de vivências, oferecemos em sala muitos materiais em quantidade adequada e opções de potes para que possam carregá-los. 

Oferecemos também grandes quantidades de materiais naturais, tampas, formas, cestos e também materiais estruturados como brinquedos pequenos por exemplo, carrinhos, bonecas.

Aproximadamente aos três anos de idade a criança entra em uma fase de coleção no qual quer todas as quantidades para ela, com isso elas guardam quantidades, separam os iguais, enfileiram, começam a separar por cor. Nesse período é importante saber que ela está formando pensamento de quantidades, por isso devemos possibilitar que as mesmas construam suas ideias de características, façam suposições de como se encaixam, se cabe um dentro do outro, maior, menor. 

A partir dos três anos e meio já é possível observar que as crianças empilham, fazem torres, separam por iguais, planejam desenhos,  chamamos essa fase do brincar de construção. Podemos oferecer jogos,  materiais não estruturados, elementos naturais dentre outros, propiciando as relações espaciais.

Aqui no Instituto Dona Carminha, acreditamos no espaço enquanto terceiro educador e na potência das experiências brincantes para garantir o desenvolvimento de cada bebê e criança, acreditamos que os contextos ( tanto internos quanto externos) possibilitam o brincar, o pesquisar e o investigar propiciando assim um olhar plural para os saberes que os pequenos constroem de maneira integrada.

Autoras:
Amanda Verzaro  Marilla Lima Postal Rafaela Sampaio  

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